domingo, 5 de agosto de 2012

Resenha: A Tormenta de Espadas (Sem Spoilers)





Título: A Tormenta de Espadas
Subtítulo: As Crônicas de Gelo e Fogo - Livro Três
Autor: George R. R. Martin
Editora: Leya
Páginas: 884





Para os leitores preguiçosos de platão, já vou avisando que a Resenha de A Tormenta de Espadas é enorme e não poupei palavras para descrever esse livro. E quero avisar que todas as resenhas do Blog é sem spoilers. Boa leitura!

George R. R. Martin sabe como fazer um livro incrivelmente espetacular e isso acontece em A Tormenta de Espadas, terceiro volume dá serie As Crônicas de Gelo e Fogo.  
Para os leitores que já leram A Guerra dos Tronos e a Fúrias dos reis, prepare o seu coração, pois esse livro é o melhor da saga épica do universo Westeros, de um dos melhores autores da atualidade, um livro surpreendente eletrizante.
A tormenta de espadas, o terceiro livro da série de George R. R. Martin, onde os Sete Reinos já sentem o rigoroso inverno que chega, mas as batalhas parecem estar mais cruéis e impiedosas. Enquanto os Sete Reinos estremecem com a chegada dos temíveis selvagens pela Muralha, numa maré interminável de homens, gigantes e terríveis bestas, Jon Snow, o Bastardo de Winterfell, que se encontra entre eles, divide-se entre sua consciência e o papel que é forçado a desempenhar. Robb Stark, o Jovem Lobo, vence todas as suas batalhas, mas será que ele conseguirá vencer os desafios que não se resolvem apenas com a espada? Arya continua a caminho de Correrrio, mas mesmo alguém tão desembaraçado como ela terá grande dificuldade em ultrapassar os obstáculos que se aproximam. Na corte de Joffrey, em Porto Real, Tyrion luta pela vida, depois de ter sido gravemente ferido na Batalha da Água Negra; e Sansa, livre do compromisso com o homem que agora ocupa o Trono de Ferro, precisa lidar com as conseqüências de ser a segunda na linha de sucessão de Winterfell, uma vez que Bran e Rickon estariam mortos. No Leste, Daenerys Targaryen navega em direção às terras da sua infância, mas antes ela precisará aportar às desprezíveis cidades dos escravagistas. Mas a menina indefesa agora é uma mulher poderosa. Quem sabe quanto tempo falta para se transformar em uma conquistadora impiedosa? 
Como eu já disse nas resenhas anteriores sobre os livros de George R. R. Martin, não tem como você premeditar o que vai acontecer nos próximos capítulos do livro, são milhares de reviravoltas na história que não tem como o leitor não ficar de boca aberta ou ate mesmo com raiva do escritor, fardo de acontecimentos surpreendentes, e isso faz com que essa obra seja tão forte e impactante do que dos livros anteriores, a verdade é que nunca se sabe o que acontecerá na página seguinte. Quem é vilão na página anterior, se torna bonzinho na seguinte e isso e de deixar qualquer leitor de cabelos em pé.
Vemos que o livro é claramente divido em três partes, a primeira parcela ainda um pouco lenta com os acontecimentos pós-guerra, onde vemos posicionamento dos jogadores no intrincado tabuleiro de poder e morte criado pelo próprio autor. A segunda parte o leitor vê que a obra esta mais ligada de modo exclusivo à corrida por novas alianças, forjada por matrimônios e pactos entre casas poderosas, suas influências, dinheiro e exércitos. Já na terceira parte vemos a obra de outro ângulo, muito mais sangrenta, que acaba se tornando tudo muito inesperado para os leitores que não esperam nada daquilo que estava acontecendo, principalmente relacionando a traições, ataques, vinganças e muitas mortes.
O casamento também esta muito presente nessa obra, o leitor percebe que casais vão se formando e se desfazendo no desfecho da obra. Também compreendemos de uma forma mais clara quem é o deus que Melisandre segue, e vemos que seu poder tem a força de fazer coisas malignas e também lucrativas para quem o suceder.
Acontecimentos devastadores se passam na Muralha, e Jon Snow cresce muito como personagem na obra, o papel dele se tornas essencial seja em batalhas eminentes, ou com os selvagens; Jon Snow demonstra ser um homem de força, demonstra ter esperança e honrado igual ao seu Pai Ned Stark nesse volume. Com Sansa, tenho que confessa que já gostava dela, mesmo com aquele seu jeito irritante de menininha querendo ser uma princesa nos dois primeiros livros, aqui vemos uma Sansa um pouco mais adulta e madura, previdente e completamente focalizada em sua sobrevivência nos Jogos dos Tronos. E ai que percebemos que Sansa e Daenerys em algum ponto no livro são tão semelhantes. Jaime Lannister acaba demonstrando que também tem sentimentos, onde passamos, a saber, o que levou ele a cometer todos os seus atos, desta forma até se torna uma figura carismática para o leitor. Também somos apresentados a novos personagens e velhos personagens deixam a trama, que nem todo personagem é apenas vilão ou mocinho... Com a querida Arya vemos que George R. R. Martin peca em fazer a pequena menina dar milhares de volta por Westeros, e isso faz com que a trama da pequena garota se torne bem cansativo, com muitos rodeios, e o mesmo acontece com Tyrion, e no final das contas vemos que George R. R. Martin só queria enrola com os dois personagens e deixando pouco conteúdo para Arya e Tyrion no livro.
Daenerys continua a sua saga para se tornar a Rainha de Westeros, e agora ela começa a formar o seu exército lá pras ilhas depois do mar do verão, mas nesse trajeto ela descobre traições que nem imaginava, e nem eu. Uma personagem feminina interessante e que merece mais destaque, com seus três dragões, se mostrando ambiciosa, poderosa e inteligente, acho que Daenerys esta em uma fase importante nessa obra - Poder e Controle e o que defini a mãe dos dragões neste livro, apesar de algumas de suas decisões eu não concorda muito com ela. Bran Stark está agora bem próximo de encontrar o Corvo de Trêes Olhos prá-lá-da-muralha, e saber de tudo que precisa saber para continuar com a vida daqui pra frente, se mostrando muito corajoso para um garoto pequeno. E Robb o rei do Norte, o vemos um pouco mais humano, vencedor e completamente apaixonado, fazendo com que faça atos que de certa forma terá certa conseqüências. Os Outros e os Selvagens estão se tornando mais ousados e querem mesmo é ver o circo pegar fogo (ou melhor, os sete Reinos pegar fogo).
Realmente não tem como não ficar triste com a morte de alguns personagens, e ai, que o leitor se pergunta ansioso ele (George R. R. Martin) vai conseguir dar continuidade a trama depois da morte desses?!
Sobre a edição de A Tormenta de Espadas, tenho que dizer que mantém o padrão das anteriores, das três capas, para mim essa é a mais bonita, sobre os erros ortográficos também não tenho muito que reclamar, foi pouco eles; se consideramos o tamanho do livro. O que realmente o leitor deve reclamar é no tamanho de a Tormenta de Espadas e seu peso inteiramente exagerados, por isso vai trazer grandes dores nos braços, e bom ir preparando um bom travesseiro para ler o livro deitado.
A meu ver as pessoas do mundo que não leem Crônicas de Gelo e Fogo, não sabem o que estão perdendo. Pois a serie é uma obra magnífica, uma leitura totalmente prazerosa que serve de modelo para a nova fantasia, muito mais selvagem e explícita do que aquela com a qual estamos familiarizados, mas, nem por isso, menos saborosa para os leitores com sede por esse tipo de leitura. George R.R. Martin tem a habilidade de surpreender o leitor a cada capítulo, com todas as reviravoltas, que é impossível prever o que irá acontecer, Martin facilmente se desapega de seus próprios personagens que criou e quanto menos o leitor espera, morrem e saem de cena. Uma incrível surpresa a cada página, realmente A Tormenta de Espadas é de tirar o fôlego, ate a agora foi o melhor livro da saga, o volume mais intenso das Crônicas de Gelo e Fogo. Fúria dos Reis se mostra monótono; A Tormenta de Espadas já é outra história com vários acontecimentos importantes, batalhas, mortes principalmente, e cheio de ação. Apesar de ser uma leitura um pouco extensa, são poucas as vezes que se torna cansativa, depende muito do ritmo que o leitor pegar na obra. Como é de se espera, George faz seu brilhante fechamento dramático de cada capítulo de seus personagens, impedindo o livro de ser jogado de lado, é de prender a leitura do início ao fim. Neste terceiro volume, mais do que nos outros dois, George Martin consegue passar toda a riqueza de Westeros e seus arredores. Não só temos os sete reinos, mas uma imensidão além. Uma imensidão além do mar e além da muralha que jamais se viu.

 Aqui não se passa apenas uma história em só um jogo de tronos… É um jogo pela própria existência que vai se desenrolando no decorrer dos próximos livros da saga. Recomendo com certeza o livro a quem ainda não o leu, a quem realmente têm um bom tempo livre para ler, e já vou avisando não se apegue a nenhum personagem, pois o fim para ele pode ser trágico.

Nota: 5
Erick França 

2 comentários:

  1. Parece muito bom o livro, mas ultimamente não to com vontade de ler essa série do George R. R. Martin. Já tive vontade, mas acho que passou... kkkkkkkkkkkk...

    ResponderExcluir
  2. Oi adorei sua resenha...mas vc já leu o livro reverso escrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos..acesse o link..www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem..

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...